segunda-feira, 21 de março de 2011

Paris!...


Paris

Para muitos brasileiros, imprevistos e confusões sempre podem terminar numa boa gargalhada, não é? Ou de forma inesperada às vezes. Hoje foi assim com a nossa viagem a Paris. Vou explicar o porquê.


O início

Essa história começa, na verdade, no início da semana passada, quando compramos uma mala pequena pra não carregar pra lá e pra cá as duas grandes que trouxemos do Brasil. Queríamos uma promoção, claro. Queríamos e encontramos. Vinte euros, uma pechincha! Ajeitamos tudo ainda em Drensteinfurt e partimos para Colônia, de onde sairia nosso trem rumo a Paris.

Colônia amanheceu fria nesta segunda-feira. Mas cheia de sol, com as casas e ruas sob a sombra das torres da igreja; com o som dos sinos e da pressa dos europeus; com o cheiro do café e dos perfumes importados.

O expresso Thalys saiu exatamente na hora marcada: 8h44. Estava lotado de ingleses, chineses, franceses, alemães e os menos numerosos “brazucas”: eu e minha irmã.

Embarcamos sem transtorno, porém, esquecemos de verificar o número do vagão nas reservas. Entramos em qualquer um mesmo, aliás, o primeiro que apareceu na frente. Colocamos as mochilas e o restante da bagagem logo acima dos assentos, ligamos o lap top e fomos bater papo, nos divertir. Então, a tranqüilidade acabou antes da locomotiva se mexer.


Momento “farofeiros”

Primeiro foi um inglês, polido, que olhou de um lado para o outro, em seguida pra onde estávamos sentados. Respirou fundo e balbuciou o “56” da poltrona. Logo entendi e me levantei. Paula ficou ao lado dele. Por pouco tempo.

Depois veio um outro rapaz, depois uma mulher, depois não havia mais lugar. Peguei a passagem outra vez e li o nosso erro: estávamos no vagão 28 e o nosso era o 26. Paciência. O problema é que àquela altura muita gente ia e voltava, conversava num corredor estreito. Além disso, o trem já estava em movimento.

Aos esbarrões, pegamos nossas coisas, deixamos cair, pegamos denovo. Na correria, segui sozinho até a primeira porta e ouvi um grito atrás de mim: “Espera! A mala quebrou!”. Foi quando me virei e vi o ferro da alça solto, como se estivesse partido. Não era o fim do mundo, lógico, mas tive de ajudar. E já estava com mochila, computador, fios, etc... Comecei a rir.

Com mala quebrada, mãos e braços ocupados, tivemos de mudar de vagão. Enquanto isso, o povo olhava e uma Frau (senhora) levou uma pancada da mala estragada. Reclamou com uma careta. A Paula disse: “Tô nem aí. Agora sou igual eles, vou nem olhar”... Não aguentei. Ri mais uma vez.

Finalmente nos sentamos. Eu ao lado de uma francesa estudante de moda que não parava de desenhar, colorir, ler quadrinhos e escrever. E a Paula perto de um alemão emburrado que fazia barulho pra respirar. Na verdade, quase roncava acordado.
Aí vieram mais gargalhadas. Não consegui me controlar. Várias. Fotos também. Só faltou a farofa e o frango assado. E o relógio corria.


O final quase feliz

Algumas horas mais tarde, depois de termos passado pela capital da Bélgica, Bruxelas, Paula teve a brilhante idéia e tentar consertar a mala. E não é que ela consertou? Ou pelo menos acreditou que tivesse consertado. A alça solta toda hora. Mas dá pra levar.


O final quase feliz parte 2

Em Paris, tudo é encanto: as ruas antigas, as construções tipicamente européias, as roupas, igrejas, os museus. Por falar em museus, o museu do Louvre é muito, muito maior do que eu imaginava. Galerias e mais galerias, uma dentro da outra. É preciso andar com o mapa senão a gente se perde. E, claro, o mundo quer ver “Monalisa”, um dos quadros mais “badalados”.

No entanto, todos sabem, a capital francesa tem outros atrativos. Qual seria o principal além da Notre Dame e Arco do Triunfo? Torre Eifel. Aquela imensidão... Lá aconteceu um capítulo desagradável deste livro: “trancados no elevador”. Isso mesmo. Um dos elevadores que levam ao topo da estrutura apresentou defeito no meio do percurso. E quem estava dentro dele? Eu e a Paula. Tinha que ter brasileiro, convenhamos.

Enfim, foi um caos. Só não houve gritaria, graças a Deus. Descemos devagar pra não forçar os cabos de aço e, no térreo, havia uma fila quilométrica de pessoas a espera da entrada. Os funcionários avisaram que o local seria interditado durante o restante do dia.


O final feliz

Nesse vai e vem, conhecemos um casal de brasileiros, de Porto Alegre. A Carol e o Pedro, nossos companheiros num passeio de barco e também no desespero do elevador. Mas a noite terminou bem. Apenas com um pouco de trabalho pra localizar as estações e paradas corretas do metrô. Bom, amanhã temos mais passeios e mais post.

Abraços!

6 comentários:

  1. Meu amigo, realmente tem sido uma viagem ler seus posts, rss a Europa vem até nossa mente... já que ainda não fui até ela,AINDA! Abraços e até a próxima leitura.

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  2. Meu sonho minha mala quebrar em Paris. A França me lembra aquelas boinas engraçadas....rs

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  3. heheheh... ah, gente, isso aqui é realmente um sonho...

    PS1: Michael, não perca a oportunidade!

    PS2: Bárbara, as mulheres de Paris usam sim acessórios engraçados nos cabelos... heheh... mas, afinal, é a cidade da moda né... rsrs

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  4. Pára tdo e traga assessórios de cabelos pra mim... Aqui, os franceses tomam banho ou não?

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  5. AGORA JÁ SABEM O QUE É UMA "MALA SEM ALÇA", LITERALMENTE! KKKKKK

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  6. hehehe... pior q é Harley... rsrs...

    E Bárbara, sei lá viu... mas parece que tomam banho de perfume pelo menos... rsrs

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