terça-feira, 30 de março de 2010

Intercâmbio Acadêmico

Não sei se vocês conhecem, mas para quem tem algum interesse em fazer um intercâmbio acadêmico em qualquer área na Alemanha, aqui vai uma sugestão: o site do DAAD (abaixo)

http://rio.daad.de/

Na página há informações detalhadas sobre como se candidatar a bolsas de estudo, como entrar em contato com instituições estrangeiras, etc. Esse departamento tem link direto com os alemães e é muito requisitado pelos estudantes brasileiros. Eles também promovem eventos. No site tem inúmeras datas de palestrar e seminários onde o DAAD é parceiro.

A professora do "apertador de botão"

Um dia, ainda no primeiro semestre de faculdade, acabei ficando muito amigo de uma professora (ou achando isso, claro). Normal, não é? Trocávamos ideias praticamente todos os dias e ela me disse para investir mesmo na carreira de jornalista porque não havia achado erros no meu texto, o que era um bom sinal; um bom começo de conversa pelo menos. Isso me fazia ir para casa com vontade de voltar àquela sala de aula.

Um outro dia, no entanto, essa mesma professora virou as costas para mim quando decidi não obedecer suas orientações de seguir por um caminho que seria o "melhor". "Você foi mordido pela mosca azul", ouvi. Daquela noite em diante, nunca mais escutei sequer uma palavra de carinho dela. Aliás, passei de estudante comprometido a aluno desatento, cheio de complexos e com sérios problemas psicológicos. Não que isso seja necessariamente algo ruim, mas faz sentido uma pessoa mudar a água para o vinho de um dia para o outro? Sei lá... só sei que os dias tomaram rumos diferentes desde então.

Decidi não me importar. E não me importando consegui tudo o que quis sem tentar explicar que o Maurício que continuava a faculdade era o mesmo que havia começado. Isso é muito difícil. Não dá para convencer certas pessoas quando elas estão na maturidade e você na juventude. As suas opiniões e posicionamentos costumam parecer menos importantes, mais ingênuos e, portanto, descartáveis.

Enfim... fato é que tracei objetivos concretos e corri atrás de cada um deles. Fiz isso em silêncio porque descobri que só em silêncio é que eu conseguia sonhar sozinho. E já que os meus sonhos soavam tão produto de uma loucura contida, convenhamos, era o melhor a fazer. Daquele jeito eu poderia me concentrar de verdade nas coisas que valiam a pena e nos poucos amigos que queriam me estender as mãos.


O "apertador de botão"

Mas um belo dia, daqueles que a gente sabe que alguma vai acontecer porque está tudo dando certo demais, fui chamado à realidade quando um amigo me disse que um outro amigo me achava apenas um "apertador de botão" (com algumas gargalhadas ao fundo). Eu tinha ganhado o título depois que alguém me viu na porta da rua da redação onde eu estagiava abaixando o volume para o repórter escutar a voz do apresentador.

Era para eu ter me ofendido? Muitos disseram que sim... mas não... sabe por quê? O que me diferencia, de verdade, de pessoas que precisam e devem apertar botões? A minha formação intelectual? A família onde cresci? Isso pode até justificar diversidade, mas nem de longe significa que estou um degrau acima. Até porque não sou um rótulo antes de ser gente. Nenhum de nós o é. Portanto, sou mesmo feliz apertando botões... se o que faço é escrever e inventaram computador para essa atividade, preciso mesmo é largar papel e caneta, não acha? Vou digitar. E tecla, cá pra nós, também é quase botão...

domingo, 14 de março de 2010

A virada de mesa

Ainda me lembro do dia em que pisei na faculdade. Foi um dia feliz, embora nem de longe naquele contexto imaginasse as coisas que aconteceriam depois. Mas nem é tão bom a gente saber, não é? Perde toda a graça. Se bem que muito do que vivi não teve graça alguma. Essa parte (ou seriam essas partes?), no entanto, resolvi ignorar... Ignorar, não esquecer, claro. Esquecer é um processo, digamos, mais demorado, menos atrelado a minha vontade.

Enfim, não é hora falar disso. É hora de falar de oportunidades e de pessoas que dão oportunidades sem querer definir onde você deve chegar, ou onde você deve estar. Pois é... Isso aconteceu comigo mais uma vez, o que me fez entender que 2010 começou como jamais imaginei que começaria. Não sei explicar. Estou, de fato, tão agradecido à vida... a Deus... bateu um orgulho de ter tentado o que tentei, de ter virado as costas para forças contrárias, de ter acreditado, de ter tido força de vontade, enfim, de ser quem eu sou.

Entendi, portanto, que consegui virar a mesa. E tudo aconteceu com a ajuda de amigos. Como é bom ter amigos, especialmente quando eles te surpreendem e trazem uma notícia que você tanto esperava! Obrigado!!!!

Boa semana pra todo mundo!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Dreingau Zeitung

Engraçado... fazia algum tempo que eu nem ía ao site do "Dreingau Zeitung", o jornal local de Drensteinfurt, na Alemanha, mas hoje resolvi fazer isso e acabei encontrando a matéria que publicaram sobre a minha visita.

http://www.dreingau-zeitung.de/index.php?id=24&no_cache=1&tx_ttnews%5Btt_news%5D=1564&tx_ttnews%5BbackPid%5D=10

O título quer dizer, mais ou menos, que nunca senti tanto frio como em Deutschland e o texto narra a maior parte das minhas opiniões sobre o país, a cidade, o clima, a comida, enfim, a cultura.

terça-feira, 9 de março de 2010

"Miss Potter"

Não sei quando exatamente deixei de acreditar nas histórias fantásticas de mundos paralelos e animais falantes, mas faz algum tempo. No último fim de semana, no entanto, "conheci" uma mulher chamada "Miss Potter" que me mostrou uma série de outras possibilidades. Ela não só escrevia sobre os bichos, como pintava e conversava com eles.

Isso foi um filme, claro, só que me surpreendi com forma como Beatrix Potter, uma artista do início do século XX, enfrentou a própria família e rejeitou algumas convenções da sociedade inglesa daquela época. Não faço aqui um comentário sobre a fantasia da obra, mas sobre a luta da escritora, que sonhou, buscou e, inclusive, conseguiu publicar seu primeiro livro sem qualquer apoio de parentes. A mãe, aliás, desejava para a filha apenas um casamento com alguém da corte.

Beatrix, no entanto, quis mais da vida e, como dá para imaginar, acabou se apaixonando pelo rapaz que editou sua primeira publicação. No contexto do longa, ela tinha 32 anos e muita convicção de que jamais se casaria. Vou parar por aqui porque vai perder a graça... hehehe...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Deutsche Welle

De repente, hoje abri o meu email e recebi uma notícia que interessa, naturalmente, aos jornalistas e, eventualmente, estudantes de jornalismo. A Deutsche Welle está com um programa de estágio aberto para 2011. O prazo de inscrições termina no dia 30 de junho deste ano. Sugiro que dêem uma olhada no site. Está tudo em Português, embora haja uma certa exigência do domínio pelo menos básico do Alemão:

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1943549,00.html

A experiência é no escritório da emissora em Bonn e atende à comunidade Portuguesa na Europa. Tive a oportunidade de passar pela região porque ficava no mesmo estado (Vestfália), mas foi bem rapidinho. O que posso dizer é que é uma cidade de aparência bastante industrializada, médio porte e bem próxima a Colônia (Köln). Boa sorte!

terça-feira, 2 de março de 2010

Possibilidades

Mesmo com o meu retorno ao Brasil, pretendo continuar com o blog porque há uma série de coisas que preciso fazer aqui com o "link" direto na Alemanha. A primeira delas é escrever para o jornal da diocese de Governador Valadares. Depois, como permaneço em contato com o pessoal da universidade de Dortmund, vou enviar esse material para lá. Eles também querem ter acesso ao que for publicado por aqui a respeito da minha viagem.

No mais, sempre vou postar alguma curiosidade ou informação sobre cursos na europa, bolsas de estudo, seminários envolvendo jornalismo, cultura, etc.