sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O piano, o Jornalismo e a Alemanha

Muita gente me pergunta de onde veio a ideia de Alemanha se não tenho qualquer vínculo de sangue com o país, menos ainda parentes por lá. Vou explicar.

Quando eu tinha 13 anos, comecei a aprender piano. Foi a minha maior lição de disciplina da vida. Passsava horas e horas estudando e nunca bastava pra tocar bem. A minha professora, Graça Cunha, era enérgica, exigente, mas com um coração que não cabia nela. Percebi anos depois, embora fosse tão tarde pra elogiar olhando nos olhos. Graça morreu de câncer na região do abdômen sem que eu fosse mais seu aluno. Eu larguei as aulas meses antes e, pior, sem conversar, com uma "raivinha" infantil porque achava o temperamento dela ruim. Imaturidade. Coisa de menino e hoje, um peso, um arrependimento.

Em 2006, eu e um grande amigo, Harley Cândido, com o apoio de outra grande amiga, Terezinha Hilel, além de outras dezenas de pessoas, como o bispo Dom Werner, homenageamos a Graça com um concerto no teatro Atiaia. O concerto foi de uma orquestra de Barra Mansa, no Rio de Janeiro. A primeira vez que a cidade ouviu um grupo de quase cem instrumentistas.

E continua...

Até que a história terminasse desse jeito, com o Atiaia lotado de gente e eu tremendo no palco pra apresentar os músicos, fiquei anos tentando ser um deles.

Participei de concursos, fiz cursos com os melhores pianistas do país, do mundo. Cheguei a fazer faculdade de piano na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). E qual era o grande sonho? Berlim. Berlim. Quem nunca escutou, afinal, sobre a filarmônica, Beethoven?...

Os meus colegas falavam que os alemães tinham uma sensibilidade diferente. Interpretavam com a alma daquele passado em que os compositores eruditos viveram. Se é verdade ou não, ainda não sei. Parei a graduação da UFMG e resolvi ser jornalista. A Europa foi recaldada em mim. Esquecida, não.

E continua...

As aulas de Jornalismo começaram em 2007 e adivinha de onde era toda a teoria? Ou pelo menos grande parte? Da Alemanha. Pronto. A fome juntou com a vontade de comer.

Entrei num cursinho de alemão sem pensar duas vezes. Acho, no fundo, que foi uma forma de me realizar no piano e na comunicação.

Hoje, o que sei é que, de imprensa, os alemães estão bombando com a produção de conteúdo. Conteúdo excelente, principalmente de internet. E na música, dispensa comentários. Por que não aproveitar esse conhecimento?

E continua...

Estou é de malas prontas. O meu estágio na Deutsche Welle, empresa multimídia da Alemanha, começa no dia 2 de Janeiro de 2013. Se eu encontrar um piano pelo caminho, vou me arriscar. Woooooow... Tschüss...

E continua...

 

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