Quando eu desci do trem na estação internacional de Londres, uma banda cercada por uma plateia tímida tocava alguma música romântica. Não consigo me lembrar do nome. Do som e das palavras, ao contrário, não vou me esquecer tão cedo.
A letra, como tantas outras, falava de amor. De um amor que não enxerga fronteiras, não tem limite e enfrenta o mundo sem qualquer defesa. Seria inocência demais acreditar nisso? Ou estupidez dizer que as pessoas já não são capazes de sentimentos tão puros e tão fortes?
Sinceramente, eu prefiro ter a esperança de que há uma vida limpa pra ser vivida. E que, um dia quem sabe, as pessoas vão entender que amor é um só (é de quem ama).
O que ainda me entristeceu é que, depois, parei em frente ao prédio onde está o Big Ben e me dei conta de que o tempo é cada vez mais cruel. Uma manhã inteira tinha ido embora de repente.
Percebi que não vai dar pra esperar todos compreenderem esses detalhes, essas verdades (se é que existem verdades). Não vai dar pra esperar todos aceitarem as diferenças. Senão, a gente acaba passando anos numa causa perdida, embora tenha uma força enorme pra ganhar.
Deus queira que o ser humano se liberte da ignorância de achar que o amor só existe na forma que ele acha que conhece.
sábado, 25 de maio de 2013
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